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Familiares das vítimas da boate Kiss pedem adiamento da demolição do prédio em Santa Maria

A Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) protocolou na tarde desta quarta-feira (24), em Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, um pedido para adiar a demolição do prédio onde funcionava a boate Kiss. Em janeiro de 2013, um incêndio na casa noturna causou 242 mortes.

O pedido para adiar a demolição, prevista pela prefeitura para este ano, foi feito depois da visita que o novo advogado da AVTSM, Ricardo Breier, fez à boate. O advogado defende que o imóvel precisa ser preservado, como prova, até o julgamento dos réus. Ainda dentro da antiga boate, Breier comentou o caso.

"É um ambiente sem quaisquer condições de estar se frequentando, ainda mais com mais de mil pessoas dentro. Agora estou mais convencido ainda do dolo apresentado pelos donos da boate e muito mais dos músicos, irresponsáveis, que com a intenção de lançar um fogo, causaram toda essa tragédia", afirma o advogado.

Mesmo assim, o concurso para escolher o modelo de memorial que será construído na área da Kiss será lançado neste sábado (27), dia em que a tragédia completa cinco anos.

"Se demorar um ano ou mais para a demolição para a construção do memorial, para nós, da associação, e para os familiares, não haverá problema nenhum", defende o vice-presidente da AVTSM, Flávio Silva.

Cinco anos depois da tragédia, ninguém foi responsabilizado na Justiça. O julgamento de Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, sócios da Kiss, e Marcelo de Jesus dos Sandos e Luciano Bonilha Leão, integrantes da banda Gurizada Fandangueira, ainda não têm data para acontecer.

No mês passado, a pedido da defesa, o Tribunal de Justiça decidiu que eles não irão à júri. Alegando que os réus assumiram o risco de matar, o Ministério Público recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).


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